sexta-feira, 10 de julho de 2009

O menino e a rosa


Era uma vez um menino. Ele era bastante pequeno. E ela era uma grande escola. Mas quando o menininho descobriu que podia ir a sua sala, caminhando, através da porta, ele ficou feliz. E a escola não parecia mais tão grande quanto antes, quando o menininho estava na escola, a professora disse: - Hoje iremos fazer um desenho. - Que Bom! Pensou o menino. Ele gostava de fazer desenhos. Ele poderia fazer todos os tipos: leões, tigres, galinhas, vacas, trens, barcos,; e ele pegou sua caixa de lápis e começou a desenhar. Mas a professora disse: - Esperem! Ainda não é hora de começar. E ele esperou até que todos estivessem prontos. - Agora - disse a professora - nós iremos desenhar flores. - Que bom! Pensou o menininho. Ele gostava de desenhar flores. E começou a desenhar flores com seu lápis cor de rosa, laranja e azul. Mas a professora disse: - Esperem! Vou mostrar como fazer. E a flor era vermelha com caule verde. No outro dia, quando o menininho estava em aula, ao ar livre, a professora disse: - Hoje nós iremos fazer alguma coisa com barro. - Que bom! Pensou o menininho, ele gostava de barro. Ele podia fazer todas as coisas com barro: elefante, camundongos, carros e caminhões. Ele começou a juntar e amassar a sua bola de barro. Mas a professora disse: - Esperem! Não é hora de começar. E ele esperou até que todos estivessem prontos. Agora, disse a professora, nós iremos fazer um prato. - Que bom! Pensou o menininho. Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos. A professora disse: - Esperem! Eu vou mostrar como se faz. E ela mostrou a todos como fazer um prato fundo. - Assim - disse a professora - Agora podem começar. O menininho olhou para o prato da professora. Então olhou para seu próprio prato. Ele gostava mais do seu prato do que o da professora. Mas ele não podia dizer isso. Ele amassou o seu barro numa grande bola novamente, e fez um prato igual o da professora. Era um prato fundo. E muito cedo, o menininho aprendeu a esperar e a olhar, a fazer as coisas exatamente como a professora. E muito cedo, ele não fazia mais as coisas por si próprio. Então aconteceu que o menino e sua família mudaram-se para outra casa, outra cidade, e o menino tinha que ir para outra escola.
Esta escola era maior do que a primeira. E...no primeiro dia ele estava lá.

A professora disse: - Hoje nós faremos um desenho -

Que bom! Pensou o menininho, e ele esperou que a professora dissesse o que fazer. Mas a professora não disse. Ela apenas andava na sala. Foi até ele e falou: - Você não quer desenhar? - Sim, disse o menininho, o que é que nós vamos fazer? - Eu não sei, até que você o faça, disse a professora. - Como eu posso fazê-lo? Perguntou o menininho. - Da maneira que você gostar, disse a professora. - De que cor? - Se todo mundo fizer o mesmo desenho e usar as mesmas cores, como eu vou saber quem fez o quê e qual desenho de cada um? - Eu não sei, disse o menininho. E ele começou a desenhar uma flor vermelha com caule verde....



Quando li este texto gostei muito e quiz postar e fazer um link com texto do Erick Jacobson, pois a realidade dos alunos é justamente esta!

Os professores não consideram a bagagem dos alunos e acham que estes não têm capacidade de fazer suas próprias criações. O que acaba por tornar o aluno um ser mecanizado, que fica sempre esperando que lhe digam o quê e como fazer.

Jacobson afirma que os professores devem valorizar o que os alunos sabem e usar isso como meio de alfabetizar, ensinando aos alunos como se tornarem pessoas críticas na sociedade.

2 comentários:

  1. Karla, a rela'cao 'e interessante. Ajuda a refletir o quanto podemos ser nefastos com a formacao das criancas...

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  2. Karla, estao faltando as reflexoes dos ultimos textos. O tempo urge! Corra... Corra... Faltam reflexoes do texto de Ana Teberosky e Nuria Ribera, o texto de Eric Jacobson, o texto de Emilia Ferreiro e o texto de Ana Teberosky e Teresa Colomer, que discutimos em nossa ultima aula....

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